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Pão de Amor – O início

Pão de Amor – O início

Pão de Amor – O início

Esta receita de pão é muito especial para mim, pois foi o ponto de partida do projeto “Pão de Amor”.

Introdução

O início

Esta receita de pão é muito especial para mim, pois foi o ponto de partida do projeto “Pão de Amor”. Foi através dela que descobri a minha verdadeira paixão pela panificação e a inspiração para desenvolver o meu próprio pão com massa mãe. É um pão feito com fermento biológico e de fermentação lenta, e que resulta num pão único.

Este pão representa o início de uma jornada cheia de aprendizagens, dedicação e carinho, e agora partilho-a contigo, para que possas também experimentar o amor que é criar algo simples e autêntico com as tuas próprias mãos.

Ingredientes:

  • 950 g de farinha de trigo
  • 50 g de farinha de centeio escuro
  • 20 g de sal
  • 10 g de fermento de padeiro
  • 600 ml de água morna (mais 200 ml adicionais)
  • 1 colher de sopa de sumo de limão

Materiais Necessários

  • Taça grande para misturar os ingredientes
  • Colher de pau ou espátula para misturar
  • Balança de cozinha para pesar os ingredientes
  • Pano de cozinha limpo e húmido para cobrir a massa
  • Raspador de massa (opcional, mas útil para manusear a massa)
  • Bacia grande para colocar a massa a levedar

Modo de Preparação:

  1. Mistura dos ingredientes secos:

    • Numa taça grande, mistura a farinha de trigo, a farinha de centeio, o fermento e o sal.
    • Faz um buraco no meio da mistura de farinhas.
  2. Amassar a massa:

    • Adiciona os 600ml de água 
    • Adiciona a colher de sopa de sumo de limão.
    • Começa a misturar todos os ingredientes com uma colher de pau, mão ou espátula até formar uma massa.
  3. Adicionar água gradualmente:

    • Amassa a massa com as mãos, incorporando os restantes 200 ml de água, aos poucos, até obter uma massa pegajosa.
  4. Amassar energicamente:

    • Amassa a massa vigorosamente durante pelo menos 10 minutos.
    • A massa deve ficar homogénea e descolar das mãos.
  5. Fermentação:

    • Coloca a massa numa bacia grande e cobre-a com um pano húmido ou pelicula aderente para manter a humidade na massa.
    • Deixa a massa levedar no frigorifico durante cerca de 12 horas ou até duplicar de tamanho.
  6. Cozedura:

    • Pré- aquece o forno a 200º.
    • Aquece juntamente o tabuleiro onde vais cozer o pão.
    • Quando o forno estiver quente, coloca a massa em cima da mesa limpa, e enfarinhada e dá-lhe forma.
    • Retira o tabuleiro do forno, coloca farinha e coloca a massa do pão no centro do tabuleiro e coloca no forno.
    • Cozer por cerca de 40 minutos ou até notares que o pão está com crosta. 

Considerações

Amassar: Este tipo de massa fica mole, sendo necessário amassar vigorosamente até que se descole das mãos. Pode-se reduzir para metade a quantidade dos ingredientes para facilitar o processo de amassar.

Refrigeração: A massa deve levedar no frio para que a fermentação seja feita de forma lenta.

Cozedura: Pode-se borrifar água no interior do forno no momento em que se coloca o pão a cozer.

Como fica a massa mãe pronta

Bom apetite!

Esta receita é ideal para um pão caseiro tradicional, perfeito para acompanhar as refeições ou saborear com uma boa manteiga!

Maria Isabel

A História do Pão: Uma Viagem Desde o Início dos Tempos

A História do Pão: Uma Viagem Desde o Início dos Tempos

Pão de amor

A História do Pão: Uma Viagem Desde o Início dos Tempos

O pão, um dos alimentos mais antigos e universais, acompanha a humanidade desde os primórdios da civilização. Este alimento básico atravessou eras, evoluiu em diferentes culturas e foi essencial na formação de sociedades. A história do pão remonta a milhares de anos, refletindo o progresso da agricultura, tecnologia e sociedade humana.

As Origens: O Pão Primitivo (Cerca de 12.000 a.C.)

As primeiras formas de pão datam de cerca de 12.000 a.C., durante o período Neolítico, quando o ser humano começou a abandonar o estilo de vida nómada e a fixar-se em comunidades agrícolas. Nesta altura, o homem começou a cultivar cereais, como o trigo e a cevada, que cresciam naturalmente no Crescente Fértil (atual região do Médio Oriente). Os primeiros pães eram muito rudimentares, consistindo em grãos de cereais triturados, misturados com água e cozidos em pedras aquecidas. O resultado era um pão plano, duro e sem fermentação, semelhante às tortas ou pães ázimos que ainda hoje são consumidos em algumas culturas.

A Revolução da Fermentação: Egito Antigo (Cerca de 4.000 a.C.)

Foi no Egito Antigo, por volta de 4.000 a.C., que a fermentação acidental foi descoberta, revolucionando a produção de pão. Acredita-se que o fermento natural tenha surgido por acaso, quando uma massa deixada ao ar foi exposta a leveduras naturais presentes no ambiente, provocando a fermentação e o crescimento da massa. Este processo resultou em um pão mais leve e macio, dando origem ao que hoje chamamos de “pão levedado”. Os egípcios foram mestres nesta técnica e usavam fornos sofisticados para assar pães, que se tornaram uma parte fundamental da sua dieta e também um importante bem de troca.

O Pão no Mundo Antigo: Grécia e Roma

A técnica de fazer pão fermentado difundiu-se rapidamente do Egito para outras civilizações, como a Grécia e, mais tarde, Roma. Os gregos aperfeiçoaram a arte da panificação, introduzindo diferentes tipos de pães e métodos de cozedura. Desenvolveram uma verdadeira cultura em torno do pão, que era preparado em várias formas e sabores.

Na Roma Antiga, o pão tinha uma enorme importância social. Em 168 a.C., os romanos instituíram a primeira escola de padeiros, oficializando a profissão. O pão tornou-se um símbolo de poder político, sendo distribuído gratuitamente à população em tempos de crise ou em celebrações públicas – prática que deu origem à famosa expressão “pão e circo”. Nesta época, os romanos construíram grandes moinhos de água para a moagem dos cereais, aumentando significativamente a produção de pão.

A Idade Média: Pão, Status Social e Superstição

Na Idade Média, o pão continuou a ser um alimento central, mas o tipo de pão que uma pessoa comia era determinado pela sua posição social. Os mais ricos consumiam pão branco, feito com farinha de trigo refinada, enquanto os pobres tinham acesso a pães mais escuros e pesados, feitos com cereais menos refinados como o centeio e a cevada.

O pão também estava fortemente ligado às crenças religiosas e superstições. Na Europa medieval, o pão era considerado sagrado e símbolo do corpo de Cristo, como representado na Eucaristia. Acreditava-se que o pão tinha poderes curativos, e as migalhas eram usadas como remédios para diversas doenças.

Renascimento e Revolução Industrial: O Pão Moderno

Durante o Renascimento, a produção de pão tornou-se mais refinada, com padeiros europeus experimentando novas receitas e técnicas. No entanto, foi durante a Revolução Industrial, no século XVIII, que a produção de pão passou por outra grande transformação. A invenção de moinhos a vapor e, mais tarde, de moinhos mecânicos, permitiu uma moagem mais rápida e eficiente da farinha, o que tornou o pão mais acessível para a população em geral. A farinha branca tornou-se mais barata, e o pão branco, anteriormente reservado para os ricos, passou a estar ao alcance das massas.

Neste período, também se generalizou o uso do fermento de padeiro, que permitiu um processo de fermentação mais rápido e previsível. A produção de pão passou a ser cada vez mais industrializada, com padarias surgindo em grande número nas cidades.

Século XX: Pão Industrializado e a Perda de Tradição

No início do século XX, o pão passou por uma verdadeira “revolução industrial”. Com o advento da produção em massa, o pão começou a ser fabricado em grande escala, com ingredientes mais baratos e processos mais rápidos. Em 1928, a invenção da máquina de cortar pão tornou o produto ainda mais prático e acessível. No entanto, o pão industrializado também perdeu muitos dos seus valores nutritivos e culturais. Os conservantes, aditivos e farinhas altamente refinadas começaram a ser usados, resultando num pão menos saudável.

O Renascimento do Pão Artesanal no Século XXI

No final do século XX e início do XXI, surgiu um movimento de retorno ao pão artesanal e à fermentação natural. Com o aumento da consciência sobre saúde e sustentabilidade, muitas pessoas começaram a rejeitar o pão industrializado, em favor do pão feito com métodos tradicionais. Este movimento trouxe de volta o uso de fermento natural (massa mãe), farinhas integrais e moídas na pedra, e métodos de fermentação lentos, que dão ao pão um sabor mais complexo e uma textura mais rica.

Hoje, o pão é apreciado em suas mais diversas formas, desde os pães simples de aldeia até os sofisticados pães de padarias gourmet. A variedade é imensa, mas a essência do pão, como alimento básico e símbolo de partilha e comunhão, permanece inalterada.

Conclusão

A história do pão é um reflexo do desenvolvimento humano ao longo dos milénios. Desde os primeiros pães rudimentares dos tempos pré-históricos até à sofisticação das padarias modernas, o pão sempre acompanhou a evolução das sociedades. Hoje, mais do que nunca, o pão representa não só nutrição, mas também tradição, cultura e a busca por alimentos mais naturais e autênticos.

Maria Isabel

  Nota: O texto que escrevi sobre a história do pão é baseado em conhecimento geral adquirido a partir de fontes amplamente reconhecidas e disponíveis sobre a história da alimentação, antropologia e a evolução da panificação. Esse tipo de conteúdo é resultado de uma síntese de informações provenientes de várias fontes ao longo do tempo, como enciclopédias, livros históricos, estudos acadêmicos sobre alimentação, e fontes online confiáveis. No entanto, ele não foi retirado diretamente de um único livro ou artigo específico.

Mude, fazendo pão… 

Mude, fazendo pão… 

Pão de amor

Mude, fazendo pão… 

Já pensou em como fazer pão pode ser uma forma de transformar a sua vida?  

A informação partilhada aqui neste artigo, e nos próximos, é baseada em experiências realizadas e resultados obtidos na Casa Escola António Shiva®. 

O que aprendi ao longo dos anos no meu processo de transformação, permite me hoje aplicar essas técnicas em todas as tarefas e áreas da minha vida. 

Fazer é pão é um desafio como outra tarefa diária, por mais simples que ela possa ser, pois é necessário estar no momento presente, sempre, para que o resultado obtido seja o desejado.  

Assim como no decorrer dos dias sou abordada por várias situações, tais como: clientes, gerir stocks, gerir atividades na Casa Escola António Shiva®, etc, também ao fazer pão, ou cozinhar, tudo serve como aprendizagem, para passar ao próximo nivel. 

O que me fascina no pão é a variedade de resultados que com os mesmos ingredientes podemos obter. É muito mais do que juntar água, farinha, fermento e sal. Porque a forma de amassar, de adicionar os ingredientes e a quantidade, alteram o resultado final de forma abismal.  

Quando se coloca a farinha num recipiente para dar início ao pão, todas as possibilidades estão no mesmo lugar. Tudo pode acontecer. E é no descobrir novas possibilidades, que fazer pão se torna tão apaixonante. 

Acredito que apesar de tudo o que já se escreveu sobre o pão, em todo o mundo, este é um assunto interminável, em que o final será a degustação de um bom pão, sempre com oportunidades de melhoria.  

Saber que todos os fatores influenciam o que acontece com a massa ao longo do processo, ajuda muitas das vezes a levantar questões, sobre o que pode ter alterado o sabor, a textura e a forma do pão.  

Para mim tem sido muito gratificante tudo aquilo o que tenho aprendido nestes últimos anos não só a fazer o pão para a Casa Escola, mas tudo o que aprendi… E aplicar esses ensinamentos no dia a dia em todas as áreas da minha vida, tem tornado o meu percurso fácil, nas situações do quotidiano.  

O ser paciente, deixar que a massa seja aquilo que ela quer ser, respeitar os tempos de amassadura, levedura, e cozedura, mudou a minha forma de lidar com exterior.  

E é nesta linha que nasce este site “Pão de Amor” e o programa: “Transformando a vida com o pão de amor “ 

Fazer pão é uma arte que envolve ciência, paciência e sensibilidade. 

 Ao embarcar nesta jornada de fazer pão, você também estará desenvolvendo habilidades como coordenação motora, atenção aos detalhes e criatividade. Além disso, o ato de partilhar o pão com os outros pode fortalecer laços sociais e comunidade, promovendo um sentimento de bem-estar e realização.  

A arte de fazer pão é uma experiência multifacetada que pode beneficiar a vida de uma pessoa em muitos níveis diferentes. 

Maria Isabel

  

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