“Ó Totó já não estamos no Kansas” (feiticeiro de OZ)
Passaram-se já dezassete anos desde que organizei a primeira convenção para pessoas que em certa altura da sua existência, começaram a perder o entusiasmo pela vida e aos poucos foram derrapando para um beco sem saída. A maioria dos participantes, são homens e mulheres “bem-sucedidos na vida”, que conquistaram os seus objetivos e perderam o entusiasmo e a alegria de viver.
Outros tiveram um trajeto bem diferente, fizeram sempre o que era suposto fazer, e apesar de serem vistos como bem-sucedidos sentem-se inseguros, e frustrados. Na verdade, todos procuram a tão famigerada segurança da paz interior, mas encontraram um aperto no coração e desinteresse pelo que a vida tem para lhe oferecer.
Porque é que este fenómeno é tão vulgar na sociedade atual?
Em vez da segurança da paz interior, e entusiasmo expectante do novo dia todas as manhãs, o homem moderno é impulsionado pelo fardo das obrigações, por estar tomado por ansiedade, angustia, tristeza, desinteresse e insegurança?
Qual será a razão deste tédio, numa altura em que o mundo é invadido pelos milagres tecnológicos, que tanto beneficia a vida da humanidade?
O mundo já mudou, e o sistema educacional não acompanhou o ritmo da mudança, levando o homem moderno para esta crise de identidade existencial. A verdade é que a sociedade moderna ainda é educada e treinada através de uma filosofia materialista, que contempla a realização material, que privilegia o ter, em detrimento do ser.
Desta forma, as capacidades ou aptidões de uma pessoa só tem valor se puderem ser convertidas em valores quantificáveis, em dinheiro, coisas ou poder. O paradoxo é que o ser humano é muito mais que isso, mas continua encantado na ilusão limitante do materialismo, dirigindo-se para o vazio existencial, como passarinho para a boca da serpente. Não há tempo a perder, para tentar compreender porque chegamos a esta situação tão deprimente. Porque nos encurralamos no sofrimento e no vazio existencial, arrastado connosco aqueles que mais amamos. É hora de despertar, e gritar “O MUNDO JÁ MUDOU… Ó TÓTO”
Como aconteceu?
O mundo foi mudando enquanto lutávamos pela sobrevivência e um lugar no pódio da vida. Quando atingimos o “pódio”, não importa se é doutor, engenheiro ou outro cargo técnico, depois da euforia do momento, o que mais sobra é ansiedade e frustração. Raramente se é feliz. Parece que tem tudo, mas quando deixa de olhar para fora, e olha para dentro de si, quase nunca se sente satisfeito. Sente-se doente, já não acredita em si mesmo.
É urgente despertar para a liberdade da consciência abrangente, despertando a alegria com que chegou a este mundo, largando a limitada da filosofia materialista, que nos rouba a alegria e o entusiasmo pela vida, adquiridos a nascença. É indispensável aceitar o novo paradigma espiritualista que tudo abrange da nova era, se queremos usufruir da realização pessoal, e cocriar o mundo que desejamos viver.
A todos que pedem informações sobre a próxima semana de expansão da consciência, a realizar no mês de agosto em Fátima, faço sempre o mesmo apelo:
“Antes de ler a informação, por favor avalie a sua vida, responda a estas questões”:
- sente o coração sereno em paz?
- sente-se seguro(a) no momento presente?
- sente-se seguro(a) em relação ao futuro?
e remato com esta questão:
Quando acorda pela manhã sente-se entusiasmado e expectante em relação ao dia totalmente novo que lhe é oferecido?
Continuo à espera de um sim categórico. Mas apesar de saber que no mundo existem pessoas felizes, fico a pensar porque é que não se acorda entusiasmado e expectante pelo novo dia que nos é oferecido? Todas as manhãs temos um dia totalmente novo para viver.
É um novo ciclo de vida que se abre e que ninguém sabe como vai terminar. Não ter consciência dessa verdade, é estar em negação ao novo e a vida.
O mundo já mudou e a semana de expansão da consciência tem como objetivo desvendar-te a realidade de bem-estar paz e alegria que está bem a nossa frente e que não conseguimos enxergar.
Vem de mente aberta libertar-te do medo e dançar com a vida.
António Fernandes