E se não gostarem de mim? – Diários da Mudança

    Ângela Barnabé
    Por Ângela Barnabé

    Em setembro de 2017, há mais ou menos 5 anos, escrevi um artigo com este mesmo título, partilhando uma tomada de consciência que tive em relação a este tema.  Na altura, apercebi-me que, apesar de pensar que já não procurava a aprovação e o amor dos outros, ainda o fazia  e de forma mais frequente do que eu queria admitir.

    Hoje, volto novamente a esta reflexão, mas com uma tomada de consciência que considero ainda mais profunda.

    Sei que, enquanto que não tiver uma boa autoestima procurarei sempre a aprovação e o amor dos outros e que estarei sempre na busca de algo exterior que me preencha e que só poderei encontrar dentro de mim.

    Portanto, sei que o caminho para não me preocupar se gostam de mim ou não, é o caminho da construção de uma boa autoestima, de uma boa relação comigo mesma.

    E o que tomei consciência nestes dias é que o facto de alguém gostar ou não de mim não depende de mim, mas sim da outra pessoa. Por muito que eu tente agradar, por muito que eu procure fazer que gostem de mim, isso não está nas minhas mãos.

    Então porque é que me hei-de preocupar se gostam ou não de mim? Não seria muito mais fácil procurar gostar de mim mesma e permitir-me viver em harmonia com o que me rodeia e deixar que quem gosta de mim, construa uma relação genuína comigo e que quem não goste de mim tenha o direito de o fazer?

    É um bocado irrealista querer que toda a gente goste de mim quando eu própria não gosto de toda a gente. Há pessoas com as quais eu me conecto mais facilmente e há outras que simplesmente não estão na mesma vibração que eu. Isso não significa que eu não respeite ou aceite as pessoas das quais não gosto, e que quem não goste de mim não me respeite.

    Esta tomada de consciência foi algo bastante libertador e desde que a tive, pude ver a forma como me relaciono com os outros de uma perspetiva diferente.

    Porque é que estou a perder tempo a pensar se gostam de mim se tenho algo mais pertinente em mãos: o amar-me e aceitar-me tal como sou?

    Ângela Barnabé

    Ângela Barnabé

    Ângela Barnabé

    A experienciar a viagem fantástica que é a vida!